Rio de Janeiro – O portal do Jornal Diário do Rio deu destaque para a deputada estadual eleita pelo PL do Rio, India Armelau (PL-RJ), primeira indígena a assumir um cargo na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).
Em entrevista ao portal, Índia, que é influencer fitness nas redes sociais, defendeu cotas sociais e falou dos desafios que assumirá na Assembleia a partir de fevereiro.
“Eu acredito é em cotas sociais, pois, quando vai à comunidade, você vê branco em condições precárias, junto com negro e nordestino. Essa história de dívida histórica já passou”, já avisa ela, cujo nome de batismo é Amanda e o sobrenome Armelau, de origem italiana na parte paterna.
Índia é ‘acolhida’ por dois deputados federais, que fizeram parcerias ainda na época da campanha eleitoral de 2022, o mais votado do Partido Liberal e ex-ministro da Saúde, General Pazuello, e o amigo do esporte deputado federal Luiz Lima, também do PL. Com apoio da dupla, Índia manda um recado a quem criticar sua linha política. “Esquerda faz algo pelo índio? Só sabem segregar e não lutam pelas minorias”, opina.
Neta de índia e com mãe criada em Parintins, no Centro Amazonense, a futura parlamentar fluminense nasceu em Manaus e veio morar no Rio, ainda nova, a convite de um time para integrar a equipe de natação. Embora a vida tenha levado para outro caminho, Índia fez questão de trazer para política seu apelido que lembra a cultura ancestral, junto com a pele morena e o cabelo liso e bem preto. Amanda ainda tem ascendência negra, por parte materna.
Para os desafios, que já começam com muito foco em fazer a diferença e valorizar a capacidade. “Escolhi meus assessores não pela pele, mas quem é esforçado e tem a contribuir com meu mandato. Eu quero fazer um bom trabalho, que meus projetos passem. Não é para ter um salário, mas, sim, para poder ajudar. Se fosse pelo dinheiro, ficaria só com minhas coisas, como minha academia. E quero dar orgulho em quem votou em mim. Mudar esse paradigma de que mulher não vota em mulher”, completa.
Índia Armelau assume o seu primeiro mandato, por quatro anos, a partir de fevereiro e integrará a maior bancada partidária da Alerj. Aos 35 anos, ela, que é autodeclarada indígena, recebeu 57.582 votos e foi a 28ª mais votada do Rio de Janeiro.
|