Pará Na última quarta-feira, 19, a vereadora Ágatha Barra (PL-PA) participou de uma manifestação organizada por mães atípicas em frente ao Ministério Público do Pará, em Belém. A mobilização teve como objetivo cobrar o respeito aos direitos de alunos autistas e com outros transtornos que estudam na rede pública municipal, diante do aumento de casos de violência e da precariedade no atendimento às demandas de educação especial.
Durante o ato, as mães relataram situações de violência contra alunos autistas, pessoas com deficiência e autistas não verbais nas escolas municipais, apontando o descaso da gestão pública com a educação especial. A mobilização reforçou a urgência de políticas públicas que garantam o direito à educação inclusiva e qualificada para todos.
A ausência de profissionais qualificados e a falta de estrutura adequada foram os principais pontos abordados pelas manifestantes, que denunciaram ainda a ausência de mediadores capacitados para acompanhar os alunos, o que muitas vezes obriga as próprias mães a exercerem essa função dentro do ambiente escolar.
Em seguida, a vereadora levou o tema à tribuna da Câmara Municipal de Belém, onde discursou sobre a importância de garantir um atendimento digno e inclusivo às crianças e adolescentes com necessidades especiais. Ela cobrou uma manifestação da prefeitura de Belém.
“Hoje, estive junto às mães atípicas em frente ao Ministério Público, lutando pelos direitos dos alunos autistas e de outras crianças com transtornos que estudam na rede pública municipal. A demanda por atendimento especializado é crescente, mas, infelizmente, temos presenciado um aumento preocupante da violência dentro das escolas municipais contra alunos autistas, pessoas com deficiência e autistas não verbais. Essa realidade é resultado do descaso com a educação especial no município”, disse, apontando a ausência de um cuidado adequado.
“Falta estrutura adequada e profissionais qualificados para atuar com esses alunos. Muitas mães acabam assumindo o papel de mediadoras dos próprios filhos, permanecendo dentro das escolas para garantir o mínimo de cuidado e atenção. No entanto, é importante lembrar que essas mães também precisam de apoio e suporte, pois abriram mão de suas vidas profissionais para se dedicarem integralmente aos filhos. Direito não é favor”, garantiu.
“Como mãe atípica, e com muito orgulho, eu afirmo: a educação especial de Belém pede socorro! As pessoas com deficiência clamam por atenção e respeito dentro do município. O Plano Educacional Individualizado (PEI) está sendo negligenciado, e o material escolar individualizado, que deveria atender às necessidades específicas de cada aluno, também está sendo deixado de lado. Não podemos mais aceitar essa maquiagem de secretaria que tenta encobrir a realidade. Precisamos de prioridade para aqueles que têm o direito à prioridade!”, avaliou Ágatha (PL-PA).
“Peço ao prefeito que olhe com responsabilidade para essa situação, garantindo que as crianças com necessidades especiais recebam a atenção que merecem. E aqui, na Câmara Municipal, as mães atípicas sabem que têm uma aliada que não vai passar pano para prefeito nem para governador. Estou aqui para lutar, porque quem precisa de prioridade não está sendo tratado com prioridade. Exijo uma educação especial digna e inclusiva para o município de Belém”, declarou Ágatha Barra (PL-PA).
A pauta das mães atípicas é uma das principais bandeiras da atuação parlamentar da vereadora Ágatha Barra (PL-PA), que, como mãe de um filho autista, conhece de perto os desafios enfrentados pelas famílias que dependem do atendimento especializado nas escolas públicas de Belém. A vereadora cobra da gestão municipal uma política educacional mais inclusiva e efetiva.