Não aprecio perder meu tempo rebatendo os devaneios de pseudointelectuais de extrema-esquerda, mas hoje, como estou cheia de inspiração, quebrarei minha própria regra. Chegou ao meu conhecimento um texto, publicado há poucos dias, questionando a linguagem da direita e os efeitos de um pretenso “ódio”. Importa jogar luz nessa fumaça e trazer à lembrança que, o que tem acontecido, verdadeiramente, não é – como diz o autor – que a esquerda, quando se dirige ao público, procura formas diretas e simples de alcançá-lo numa linguagem comum; o fato é que aqueles que procuram defender a perspectiva da direita, ao se dirigirem ao público, primam por falar a verdade, ajudando a elevar, como consequência, os níveis de popularidade do ex-Presidente Bolsonaro – seu maior representante. Os líderes e os defensores da direita brasileira, quando se dirigem ao povo, consideram os brasileiros pessoas inteligentes e não têm (nem nunca tiveram) a intenção de enganar a alguns por algum tempo, nem a todos por todo o tempo – como geralmente faz a extrema-esquerda. No entanto, “nunca antes na história desse país”, a esquerda usou de tanta “dengosidade” e artimanha para mentir tão descaradamente à população, tentando fazer o povo pensar que participa das decisões, pois o povo, em seus coletivos e movimentos, sugerem soluções pensando que essas serão colocadas em prática, sem saber que decisões autocráticas já estão em andamento e que o que constroem são apenas úteis cortinas de fumaça, para que os verdadeiros objetivos dos líderes esquerdistas e globalistas jamais apareçam. Usam os movimentos sociais para referendar seus objetivos e princípios não claros para a maioria da população. “Nunca antes na história desse país” se teve tanta coragem de desconsiderar a inteligência do povo com discursos levianos e rasos – que nos faziam rir, diante de promessas de picanha, cerveja e pornografia disfarçada de arte – como se a maioria do povo brasileiro fosse tão tola ao ponto de se distrair ou se vender dessa forma. Hoje, até aqueles que não entendem muito de política, desconfiam dos discursos que tentam ser doces, mas que embutem os anzóis de quem só lhes quer dependentes do Estado para manter seus votos encabrestados. As opiniões e necessidades do povo – valorizadas apenas como estratégias de fragmentação da população – só interessam para criar uma atmosfera de falsa defesa de “direitos”, os quais são cada vez mais ampliados para que a população seja cada vez mais dependente e, consequentemente, mais controlada – vide a estratégia de Cloward e Piven. Tenho que concordar com o autor quando avalia que atualmente a linguagem sofreu mutações. Sim, a linguagem sofreu mutações! Mas, não foram mutações de estilo… foram mutações de conteúdo! No Brasil, o milagre foi nos ouvidos das pessoas que cada dia mais se identificam com os princípios da direita, não nas bocas das pessoas que se identificam com as pautas da esquerda! Hoje o povo brasileiro amadureceu e gosta de debater política, acompanhando os acontecimentos pelas redes sociais – por isso as redes viraram alvo da extrema-esquerda que quer destruir a liberdade de expressão que essas promovem. Hoje a maioria do povo quer ouvir quem não tem medo! Hoje o povo quer saber das coisas! O povo quer ouvir verdades! Hoje o povo quer gritar junto com quem está indignado com a quantidade de injustiças, abusos e mentiras que destroem famílias, que destroem empregos, que destroem a juventude e a infância, e que lançam o país na miséria. É… tem razão quem diz que a extrema-esquerda reclama do que ela mesma faz, pois a esquerda reclama de supostos “discursos de doutrinação” feitos pela direita, quando é a extrema-esquerda que não mais esconde que sua intenção é criar revolta na juventude, criar abalos geracionais, afastar os filhos dos pais, confundir a identidade de jovens e crianças e doutriná-los nas universidades, nos grêmios estudantis, nas redes sociais, nos clubes, nos bares, nos shows e em lugares inimagináveis. A extrema-esquerda vai “caminhado e cantando”, definhando e negando o fato de que já está promovendo doutrinações com crianças e adolescentes usando as escolas, e que quer ampliar a disseminação da funesta ideologia de gênero por meio do Plano Nacional de Educação – PNE (2024-2034). Como está no texto do documento final da CONAE (Conferência Nacional de Educação 2024), a valorização das questões de gênero é, declarada e repetidamente, um dos eixos centrais das práticas educacionais, o que leva nossas crianças e adolescentes a não saberem quem são, e – pior ainda, levando, alguns desses atingidos, a se deixarem até ser mutilados, amargando todas as consequências irretornáveis, conduzindo muitos à depressão e até a tentativas de suicídio. Oferecem acompanhamento psicológico por cerca de três anos após as operações de “transsexualização”, mas, é sabido que as consequências emocionais surgem pesadas anos depois. Assim, vemos a extrema-esquerda se preocupando com os supostos “gritos” da direita nos palanques quando deveriam se preocupar com estrondosos choros disfarçados que estão provocando em nossos adolescentes, jovens e em nossas famílias. Por outro lado, a questão de que os líderes da direita costumam “ir-se embora ofendidos” – como comentado no texto – é muito central, realmente, até porque o grave é que muitas pessoas estão deixando a nação, “indo embora ofendidos” realmente. Por que a esquerda não se preocupa com a grande quantidade de brasileiros que estão indo embora do país? Interessa se verem livres de insatisfeitos e de pessoas que não comungam com seus ideais de dominação? Quantos tiveram que se ir diante das ameaças e das inseguranças jurídica e econômica nas quais o país está mergulhado? Quantos brasileiros estão desencantados ao ponto de caírem em depressão diante do endividamento do país, diante da perspectiva de mais e mais ações compulsórias que nos são/serão impingidas? Será mesmo obrigatório entregar nossos filhos à educação “integral” do Estado? Não me refiro à educação de “tempo integral”; essa diferença está muito clara no texto da CONAE. A educação compulsória do Estado será mesmo a partir de zero ano, em próximos poucos anos? A ideologia de gênero vai mesmo ser… Continuar lendo A linguagem (nada) comum da extrema-esquerda e os efeitos da dissimulação