No 1º quadrimestre de 2023, o Brasil triplicou as importações de leite, causando graves impactos aos produtores locais
Brasília – O PDL 151/2023, de autoria da deputada federal Carol de Toni (PL-SC), a fim de proteger os produtores de leite, visa sustar a Resolução nº 353 de 23/05/2022, que zerou os impostos de importação de diversos insumos. A parlamentar reforçou que o grande desafio é proporcionar condições ao setor para que produza mais e com qualidade e, assim, enfrente essa que é uma de suas piores crises.
“A legislação precária e as burocracias excessivas apequenam os nossos produtores, que mesmo com a riqueza do setor, enfrentam uma grave crise. Entendemos que os problemas são reflexos ainda da pandemia, da guerra, e, agora, da importação desleal”, explicou a deputada.
No primeiro quadrimestre de 2023, o Brasil importou quase 70 mil toneladas de leite, creme de leite e laticínios (exceto manteiga e queijo), conforme dados da ComexStat. O volume é mais que o triplo das importações do mesmo período de 2022. Só da Argentina importamos 34,6 mil toneladas, mais do que as 12,6 mil toneladas no mesmo período de 2022. Já o Uruguai, aumentou em mais de 5 vezes a sua exportação para o Brasil – de 5,8 mil para 28,7 mil.
O Brasil é o 3º maior produtor de leite do mundo. Por ano, o setor nacional produz 34 bilhões de litros de leite. São mais de 1 milhão de propriedades produtoras, presentes em 98% dos municípios brasileiros, sendo que as pequenas e médias propriedades empregam quase 4 milhões de pessoas. O estado de Santa Catarina é o 4º maior produtor de leite do país e, somente em 2019, a receita ultrapassou R$ 3,7 bilhões.
A deputada tem atuado em prol dos produtores desde o início do 1º mandato e reforçou que o PDL de sua autoria atende a demanda do setor. “Em maio deste ano apresentei o PDL como uma forma de trazer mais proteção ao setor interno – inclusive a longo prazo – e frear essa concorrência desleal com nossos produtores. Estamos trabalhando junto à Frente Parlamentar do Leite e também da Agropecuária, para que o projeto seja aprovado o quanto antes”, reforçou Carol De Toni.