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Conhecer e fazer acontecer: Na dança da política

Brasília, 27 de novembro de 2023

 

Aprendi com um espetacular professor de dança a seguinte frase: “se você se movimenta, então você dança”. Com a política é parecido. Gostaria de compartilhar contigo que, se você é gente, então você faz política! É simples assim!

 

Mas, espere! Não deixe de ler porque começamos a falar sobre política… Preciso de uma chance para lhe mostrar que você faz sim política e que isso é, na verdade, muito bom! Vamos lá?

 

A política se revela de várias maneiras, formatos e realidades na vida humana. Ela se encontra na gestão das coisas públicas, no relacionamento entre os países, nos processos para escolha de representantes de assuntos populares, nas estruturas de governos, na administração dos negócios e em diversas outras situações que envolvem organizações ou pessoas. Mas é no dia a dia, no cotidiano de cada um que se experimenta a política em sua forma mais natural: nos relacionamentos.

 

A beleza do ser humano está em sua complexidade de ser racional, dotado de inteligência e vontade, e também de ser relacional, capaz de interação e ávido por socialização. Ao relacionar-se, o ser humano de bem tem a capacidade de somar, edificar e construir sempre mais em vista do benefício de todos, o bem comum. E isto é fazer política!

 

Para Norberto Bobbio, política é: “Derivado do adjetivo originado de pólis (politikós), que significa tudo o que se refere à cidade e, consequentemente, o que é urbano, civil, público, e ATÉ MESMO SOCIÁVEL E SOCIAL” (Dicionário de política, Bobbio,N.)

 

Reflita comigo: você, ao se relacionar em algum momento de sua vida, já fez algo que serviu ao bem do outro? Agiu para criar, unir, gerar “pontes”, em vista de algo bom para o outro? Sim? Então você já fez política – e aposto que faz o tempo inteiro!

 

Talvez agora você esteja se questionando por que toda essa beleza não é a primeira coisa que lhe vem à mente quando você pensa em política. Ocorre que essa capacidade de construção do bem comum – que todos os seres humanos têm ao exercerem a política do bem – pode ser abafada pelo egoísmo e individualismo de fazer dela um meio para causas pessoais. Quando a política deixa de ser um instrumento para fazer pontes em prol do bem de toda a sociedade, ela se torna um mero instrumento de cobiça pelo poder, ganância pelas coisas alheias (especialmente as públicas), corrupção, ou seja, essa é a política do mal. Aqui se criam os estigmas que a política carrega: “política é coisa de ladrão”; “eu odeio política”; “gente honesta não se envolve com política”.

 

Veja que o problema não está na política, mas naqueles que deformam sua expressão mais bela, que fôra transgredida pelas mazelas que a roubam de sua essência: o bem comum.

 

Para mudar este cenário, é necessário que você, com sua reta intenção de promover o que é bom para o benefício de todos, continue a fazer essas “pontes” que sempre fez em prol do bem do povo. Talvez a diferença agora é que, mais consciente da grandeza dos seus atos, você possa potencializá-los atuando nas esferas políticas de decisão e de poder!

 

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Eu agradeço pela chance que você me deu de tratarmos de um tema tão mal compreendido e estigmatizado, na esperança de que você termine essa leitura entendendo que se você se movimenta – seja qual for a sua condição – você dança; e se é gente, então faz política. Que tal continuarmos dançando no ritmo dessa vida e um pouco mais conscientes de que fazemos política a todo momento?

 

NA DANÇA DA POLÍTICA |
Brasília, 27 de novembro de 2023

 

 

 

 

 

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