Para´- A líder do Partido Liberal na Câmara Municipal de Belém, vereadora Ágatha Barra (PL-PA), iniciou, nesta terça-feira, 10, a coleta de assinaturas para instaurar a CPI do Reboque, uma Comissão Parlamentar de Inquérito que tem como alvo o prefeito de Belém, Igor Normando (MDB). O objetivo da CPI é investigar a contratação, sem licitação, da empresa Auto Lances Leilões, responsável por serviços de guincho na capital paraense.
O caso ganhou notoriedade após denúncias envolvendo o atual secretário municipal da Zeladoria (SEZEL), Cleidson Chaves, ex-chefe de gabinete do prefeito, e seus familiares. A empresa contratada sem processo licitatório seria de propriedade do irmão de Cleidson, o que levanta suspeitas de favorecimento e corrupção. O episódio tem sido chamado, nas redes sociais, de “máfia do reboque”.
“Tenho o apoio da bancada do PL, mas preciso dos demais vereadores e da força da população para barrar essa máfia”, afirmou a vereadora Ágatha Barra (PL-PA),
que precisa reunir sete assinaturas para que a CPI seja instaurada – o que representa 1/5 dos 35 vereadores da Câmara. Atualmente, a oposição ao governo Normando conta com seis vereadores.
O movimento de Ágatha (PL-PA) ganhou respaldo da bancada do PL no Estado. O deputado estadual Rogério Barra (PL-BA) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Pará para criticar a atual gestão da prefeitura.
“O Normando acabou com o Saúde Digital, com a Funbosque, com o Bora Belém, mas implantou essa máfia do Reboque, para acabar com a vida dos mais pobres”, declarou o parlamentar que usou um óculos escuro para ironizar a atuação de Normando nas redes sociais. “É o prefeito tik tok”.
O presidente estadual do Partido Liberal e deputado federal Éder Mauro (PL-PA) também se posicionou. Éder (PL-PA) vê na CPI uma oportunidade de frear práticas que considera lesivas à população mais vulnerável.
“Diante das graves denúncias que expõem uma quadrilha que atua em Belém, determinei que a bancada do PL na Câmara protocole, com urgência, um pedido de CPI contra essa prática absurda de extorsão”, disse.